domingo, 29 de junho de 2008

Um domingo a tarde ensolarado


Necessidade extrema de estudar. Mas...

É impressionante como outras coisas ficam interessantes em horas como essas!

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Férias?! Putz...

A única época na qual alguém deseja que o mês termine é quando o próximo é sinônimo de horas e horas dedicadas a mais pura expressão da vagabundagem. Férias de inverno estão chegando para muita gente, com promessas de lazer, viagens e o merecido descanso, uma ruptura temporária com a alucinante rotina à qual, invariavelmente, estamos todos submetidos.
E quando não se existem essas perspectivas? E quando não se planeja viajar, fazer alguma coisa para se sair da rotina? Quando as férias significam tanto tempo livre, mas tanto tempo livre que é capaz de enjoar ou, pior, ser até torturante? Para algumas pessoas, o cotidiano corrido e estressante é bom, pois faz com que tenha algo para se preocupar, desviando o pensamento de outras coisas íntimas, pessoais e... Impiedosas. Agora que as tarefas do dia-a-dia estão ausentes, não há nada para impedir que aquela coisa que dói toda vez que você encosta a cabeça no travesseiro venha a lhe azucrinar durante todo o dia, todo o tempo. Um mês inteiro de lembranças que você quer esquecer, mas sempre que tem um pequeno tempo para si próprio, ela aparece e diz: “Olha, eu ainda existo! Haha!”. E agora que este pequeno tempo tornou-se um tempão, como fazer para desviar as idéias daquilo que você quer esquecer? A não ser que você seja alguém sem problema ALGUM de dinheiro e que dê para viajar, ir pra balada, ao cinema, shows e tudo o mais, é complicado ficar sem saber como se ocupar ou, pelo menos, evitar que a loucura do ócio tome conta da sua pessoa.
Pelo menos por enquanto, eu tenho o meu blog. Vamos ver se basta.

terça-feira, 24 de junho de 2008

Melhor que namorar alguém é namorar a si mesmo. Não há momento mais íntimo que aquele envolvendo um silêncio, um Cazuza e você. A conversa entre pensamentos e idéias na hora reservada ao seu corpo é a cena mais privada, única e sensual que um indivíduo pode ter. O flerte começa com as lembranças, aquelas gostosas e serelepes que só são verdadeiramente apreciadas durante namoros pessoais. Conforme estas lembranças, assim como os olhares e indiretas entre duas pessoas, vão se tornando mais ousadas, o namoro vai apimentando, os atos são mais intensos. Há uma hora em que você não sabe mais o que é fato e o que é inventado, a imaginação começa a fluir peralta e levemente, deixando a razão de lado e dando carta branca às emoções. O sexo ocorre quando a fantasia faz, inconscientemente, planos e elucubrações acerca do passado, presente e futuro. As carícias levianas do gostinho de imaginar levam qualquer um à loucura, ao êxtase de se amar. Como toda boa trepada, esse momento íntimo entre você e você não pode ser interrompido, ele tem que chegar ao satisfeito. Caso a interrupção ocorra (o que é comum para todas as pessoas cuja vida é corrida), você sorri internamente, com certo desapontamento, talvez, e promete a si mesmo que aquilo ainda não terminou.

09/10/2006 Porto Seguro - BA 22h53

segunda-feira, 23 de junho de 2008

O tempo em 2008

Não há alegria acontecendo em 2008. Pessoas se foram, amores se acabaram, parcerias se desfizeram. Não que isto não aconteça em outros anos, acontece o tempo todo. A gente escuta histórias como estas no trabalho, na faculdade, em festas. É fácil consolar, ou pelo menos achar que se está servindo para alguma coisa. Certas pessoas só soltam o ‘‘puts, que pena’’, outras já se utilizam dos clássicos chavões ‘‘Se não foi, não era para ser’’, ou então ‘‘Só o tempo pode curar a dor do momento’’. Quem já sofreu por alguém, um amor que se foi, uma pessoa que partiu, uma saudade de um tempo acabado, certamente já ouviu essa maldita frase e sabe o ódio que ela causa. Como futura farmacêutica, posso afirmar que o tempo é um remédio péssimo, cheio de efeitos adversos e demora a, de fato, causar algum benefício ao doente de espírito. Porém, infelizmente, é o único disponível no mercado. Técnicas alternativas como tentar arrumar um substituto que venha a lhe trazer de volta toda a alegria perdida é besteira quando se ainda tem alguém fixo em mente. Há quem diga que obteve sucesso, mas então duvido que aquela pessoa em questão era tão importante, a ponto de conseguir ser substituída com tanta facilidade assim.
O tempo é cruel àqueles que necessitam de seus efeitos. Dias se tornam anos quando esperamos. Anos se tornam dias quando não temos pressa. Depender do tempo para se ter a felicidade de volta é uma sentença injusta de sofrimento a médio e longo prazo. Mas a esperança permanece fiel, a esperança de poder acordar e dormir sem agonia nenhuma apertando a alma, de não ter medo de encontrar aquela lembrança que possa trazer toda uma dor de volta ao acaso. Aquele perfume, aquela música, aquele livro. Quando o tempo passar, nada disso mais vai doer, vão ser classificadas apenas como lembranças de uma época boa.
Mas, enquanto isso, 2008 insiste em se demorar o máximo possível...